sábado, 6 de outubro de 2012

Varal das Artes: Um exercício sobre diferenças.


Voz Liberta

Na normalidade do tédio, na loucura dos tempos áureos
Te ensinaram a respirar, a ver e interpretar
Mas, nem sempre te deram alento primordial.
A cada palavra surgiu uma dor
A cada suspiro, um resquício de alma
E ao amanhecer do teu pranto, um sonho a mais.

Veio do teu peito um fogo sensível
Pulou da tua alma e te puxou pelos pés
Excitando teu corpo, estirado ao chão.
Ao render-te, soubeste possuí-lo, levando-o ao mundo
Transbordando do que já não se continha
E construindo o que se eterniza e renovando teus estoques.

Então, vai! Abre teus poros!
Retira de ti mesmo o que te acumula energia
E te torna refém de tuas amarguras e expressões.
Saberás, então, o que é sentir-se novo
Renovado, livre e consciente de si mesmo,
Mais que já se pôde sonhar, nos tempos de raquitismo sombrio.

A. A.



Um comentário:

Luana Lins disse...

Arte é força, arte é vida, arte é amor.
Uma obra artística é expor ao mundo o que já nao cabe no coração!
Parabéns pelo texto.