Segundo informações de moradores do próprio balneário, o
músico Maike Pereira da Silva, conhecido como Mike do Mosqueiro faleceu, após
ser atropelado por uma kombi, na madrugada desta sexta-feira.
Na verdade, esse nem era seu nome. Ao que tudo indica, nem
documentos ele tinha e este nome foi usado pela produção do programa Domingão
do Faustão, para que pudesse participar como convidado, ao lado de Viviane
Batidão.
O paraense ganhou repercussão ao apresentar-se, de modo
irreverente, em alguns pontos da ilha de Mosqueiro e Belém, inclusive
em frente a escolas para ganhar uns trocos de sua subsistência. É claro, com
suas aparições na TV e no DVD da cantora +Gaby Amarantos, ganhou o carinho do povo
paraense.
Há algum tempo, houveram boatos de sua morte, principalmente
após serem divulgadas imagens dele bêbado e desabrigado, além de outras
notícias sobre fatos de quando estava alterado, delirando e ameaçando outras
pessoas. Desta vez, entre surtos de agressividade e tentativas de suicídio, ele
estaria novamente em crise (devido ao álcool ou drogas) e teria se jogado em
frente ao veículo, vindo a morrer no local.
Os distúrbios foram confirmados por Luciano Santos,
coordenador da Clínica Força do Querer. “Nossos psicólogos atestaram confusão
mental e paranoia, provavelmente em decorrência do abuso de substâncias
químicas”, afirmou. Por não ter família, o tratamento era bancado pela própria
instituição, porém Mike costumava fugir, além do mais, nenhum interno era
mantido contra vontade.
Relembre as principais aparições do querido Mike na TV.
Após assistir, na semana passada, na UFPA, ao lançamento do
GT de “Drogas, Cidadania e Direitos Humanos”, ligado ao Conselho Regional de Psicologia (CRP) 10ª Região, é difícil não ficar estarrecido com a calamitosa situação
na qual se encontra grande parte dos usuários de substâncias psicoativas,
sobretudo moradores de rua.
Embora, exista uma forte mobilização social de combate às “drogas”,
o foco continua sendo a repressão e não necessariamente o tratamento de
usuários – doentes, vítimas sociais e (por que não?) vítimas das próprias
aflições – e a prevenção, por meio de políticas públicas de qualidade, que
visem assistência psicossocial e educação. Grandes desafios ainda tangem os
profissionais da saúde, porém, pergunto: Todos já perceberam essa importância?
Estão envolvidos e, principalmente, preparados para combater, acima de tudo, o
preconceito, a patologização e a “demonização” de pessoas?
Ao que tudo indica, o pobre Mike, por enquanto, será apenas
um dado estatístico e, para alguns, uma vaga e alegre lembrança. Meus sinceros pesares (a quem os queira) e
que sua alma seja acolhida em um bom lugar e descanse!
2 comentários:
A Agência Distrital de Mosqueiro se responsabilizou pelo velório e enterro. O corpo foi liberado no final da manhã de hoje (29), e será sepultado no cemitério São José, no bairro de Maracajá, às 17h. (Portal ORM)
Caraka men volta menm , eu sei q vc pode ressuscitar
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