domingo, 14 de outubro de 2012

É Círio de novo. É Círio a vida toda!

Uma emoção que se renova, em um fim de semana que dura para sempre. A emoção de ver um povo de milhões de fiéis tomando as ruas, proclamando sua fé e seu amor por aquela majestosa berlinda mostram nossa força e nossa raça, não só de católicos, mas de paraenses.
Os sinos da catedral e da basílica parecem modelar as batidas do nosso coração. As ruas parecem asfaltadas por maniva já escura. O cheiro não pode ser de outra coisa, senão tucupi. As joias mais valiosas são, com certeza, de cetim; enquanto os brinquedos mais caros, na certa, são do miriti.
Mais que uma festa religiosa, um movimento cultural, um encontro de raças e uma mistura de amores, sabores e aromas. Uma polivalência única, um encanto inquebrável imensurável, inexplicável! Uma sequência de romarias, de manifestações, orações e uma progressividade que supera tudo que se contraponha.
Tudo que imaginamos naquela linda imagem da Nazinha, aquela que disse “SIM”, aquela que soube ser serva: humilhou-se, portanto, foi exaltada! Peregrinou e, por isso, agora, caminha conosco. Mãe de Jesus, mãe da Igreja, mãe de todos nós! Isso não nos orgulha, isso só nos leva para mais perto de Deus, para um colo que é mais quentinho até que o nosso clima tropical.
Mas, estamos aí, com nossos pés machucados, com nossos corpos desgastados. Mas a alma está forte e o coração renovado! A quadra nazarena está longe de acabar, mas algo em nós diz que essa festa dura a vida toda.
Valei-me, minha mãe, e até dia desses. Viva Nossa Senhora de Nazaré!

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