quinta-feira, 26 de abril de 2012

Câmara dos deputados aprova o novo Código Florestal.

Sob protestos de ambientalistas e conservacionistas, a Câmara dos Deputados aprovou nessa quarta-feira (25), o texto do novo Código Florestal Brasileiro, após alterações do relator Paulo Piau (PMDB-MG). No total, 274 filhos da puta e traidores das florestas deputados votaram a favor, 184 contra e 2 se abstiveram.
Entre os pontos polêmicos do texto aprovado na Câmara estão a liberação de crédito agrícola para quem desmatoua vulnerabilidade das áreas em torno de nascentes de rios e a permissão a desmatamentos em topos de morro e manguezais, áreas consideradas sensíveis. O Código Florestal estabelece as bases legais sobre a exploração e preservação de florestas e vegetação nativa em propriedades privadas. Uma versão do projeto de lei havia sido aprovada em maio do ano passado pela Câmara  e em dezembro pelo Senado.
Ao todo foram feitas 21 mudanças no substitutivo aprovado pelo Senado no ano passado. Muitas foram apenas correções de redação e exclusão de artigos repetidos. Outras trataram de pontos importantes para produtores rurais e ambientalistas.
Pelo projeto de lei, cabe aos estados definir quais áreas devem ter sua cobertura vegetal recomposta e quais atividades agropecuárias estão liberadas para exploração nas Áreas de Preservação Permanente (APPs). De acordo com os ambientalistas, os estados não estão capacitados para estabelecer esses limites, nem aptos a cumprir o prazo de cinco anos para colocar em prática o programa de regulamentação (que substitui as multas).
Vale informar que é importante regulamentar a utilização dos recursos naturais, mas não com tantas deficiências e privilégios a uma minoria exploradora. Além de presentear anistiar os que, por muito tempo, destruíram nossas florestas, a reforma também abre espaço para novos projetos nefastos de exploração como hidrelétricas e mineradoras; um verdadeiro ataque às nossas florestas, rios, biomas e seres vivos. A notícia, sem dúvida, gera consternação a quem, de fato, dignifica o meio ambiente.


#VETADILMA

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