sábado, 10 de maio de 2014

Uma vida fonográfica.

Na mera falta do que postar, hoje senti vontade de expor uns sentimentos bobos relacionados a uma paixão, que também carrega consigo vários estigmas.
A começar pelo fato de que nunca consegui levar uma coleção adiante. Já tentei de brinquedos (claro), cartões telefônicos, etiquetas de roupas, livros de poemas e, até mesmo, de ingressos de eventos. Mas, a única coleção que, aparentemente, consegui levar adiante é a de discos.

Como a grande maioria das pessoas normais, sou amante de música, de diversos tipos e, hoje, resolvi compartilhar um pouco dessa relação.
Outro lance complicado (aqui fica meu protesto) é que se trata de uma coleção cara para manter. Infelizmente, a indústria musical é feroz: produtos caros, monopólio de gravadoras, pirataria, enxugamento do mercado, falência de departamentos... Recordo que, somente em Belém, já fecharam os departamentos de CDs da finada Esplanada, Visão, Formosa e Yamada, além das próprias lojas especializadas Tok Discos e Estação CD. Então, restam poucas opções: Saraiva, Big Ben, a mega variedade (SQN) das Lojas Americanas e o mercado paralelo da segunda mão e as lojas virtuais.
Vale lembrar que evito comprar piratas e não tenho hábito (nem quero ter) de fazer downloads no iTunes. Vou de físico até quando puder! Por serem relativamente caros, sou mais exigente com a qualidade dos produtos. Além de torcer pela qualidade musical e investimento dos artistas em novidades, fico receoso com a qualidade das capas, dos encartes e do material gráfico dos produtos. Enfim, segue a pauta...
O CD/DVD ‘Live & Off The Record’ da +Shakira tem suas especialidades que o tornam muito especial pra mim: (a) é um álbum magnífico, sem dúvida apresenta a turnê mais bem elaborada da artista; (b) foi o mais caro de todos, custou R$ 79,99 na finada Tok Discos e era o último no estoque, desde então, nunca mais o vi, a não ser em lojas virtuais, Mercado Livre e similares; (c) não me arrependo de nenhum centavo, porém (agora vem a parte importante que me motivou a escrever esta postagem) não curti essa versão para CD duplo, a capa é frágil e risca bastante o disco, embora, por ser original, funcione normalmente. Foi necessário comprar outra capa especial para guardar só o DVD.

O CD ‘O Que Você Quer Saber de Verdade’ da +Marisa Monte é um dos mais recentes que comprei. Não recordo o valor, mas ele apresenta, assim como outros álbuns a seguir, o tipo de capa que mais me agrada em CDs: o tradicional box de plástico, com um suporte especial para encartes, pois é resistente e protege todo o material de chuva, sol e eventuais pressões.

‘Os Mutantes – Caminhos do Coração’ é a única telenovela que tive ânimo para comprar o álbum da trilha sonora, pois é linda, como a grande maioria das trilhas sonoras das produções da Record. Apesar de uns anacronismos como Théo Becker e Rodrigo Faro, oferece um desfile de nomes de peso como Chico Buarque, Zizi Possi, Milton Nascimento, Paula Toller e Ivan Lins. Valeu a pena também!

Poucas coisas empolgam tanto um fã de discografias, como eu, quanto um álbum mais elaborado, elementar, autoral e, sobretudo, conceitual. É o caso de ‘Dois Quartos’, um dos trabalhos mais interessantes da +Ana Carolina. A princípio, lançado como álbum duplo, posteriormente, foi relançado dividido em ‘Quarto vol. 1’ e ‘Quartinho vol. 2’. A qualidade do álbum e o sucesso deram origem à gigante turnê e ao DVD ‘Multishow ao vivo Ana Carolina – Dois Quartos’. Tenho todos.

O formato PAC tem crescido nos últimos anos. Particularmente, não me agrada. É frágil, sensível à chuva e, por precaução, até evito tocar com as mãos sujas. É uma capa de papelão que barateia (nem tanto) o disco, mas que, a meu ver, prejudica sua qualidade e durabilidade. Esse da +Vanessa da Mata, o ‘Sim’, comprei nas Lojas Americanas, assim como os outros álbuns seguintes – todos neste tipo de embalagem. Vale ressaltar que o trabalho da cantora também vale cada investimento: belas fotografias, conceitos, textos, letras... Impecáveis!


Também recentes aquisições, os álbuns ‘Das Kapital’ do +Capital Inicial e ‘Cabeça Dinossauro’ dos Titãs são vendidos somente em formato PAC, mas, diferentemente do anterior, possuem um suporte plástico mais elaborado para o disco. Infelizmente, a capa não tem a mesma sorte. O do Capital Inicial resiste há mais de um ano, em sua película plástica que veio da loja. Vamos ver até quando...



Alguns artistas ainda ganham um carinho especial, ainda que independentes de gravadoras. A Camila Tavares tornou-se figura carimbada da noite paraense e tornei-me fã do trabalho dela, comprei CD ‘As Minhas Canções’, fui à gravação do DVD e o comprei depois. Infelizmente, ela mudou de estilo para investir no sertanejo pop, mas as recordações continuam por aqui. As capas são tão simples quanto à PAC, mas muito perdoáveis.

Por falar em DVD, é claro que também tenho o meu tipo de capa favorito: o box tradicional de plástico. Geralmente, mais caro, porém de ótima qualidade, como este da +Laura Pausini.


Como nem tudo são flores, existe DVD em formato PAC, como esse da Vanessa da Mata. Felizmente, a maioria vem com um suporte plástico, pelo menos para o disco.

O último já faz parte de um ponto especial da coleção: os CDs do Terruá Pará, ganhei em uma promoção do Portal Cultura. Boatos de que são bem caros, assim como o DVD, mas a produção é uma das melhores que já vi: capa que lembra um livro, resistentes, belíssimas imagens do evento, letras de músicas, créditos... Primeiro mundo!


Na contabilidade geral, tenho 43 CDs originais, 18 CDs piratas e 5 CDs promocionais. Entre os DVDs, 15 originais, 23 piratas e 2 promocionais. Isso, sem contar muitos outros que me ganharam... (se é que me entendem). Claro, tenho uma grande expectativa de aumentar a coleção, então fica a dica para o leitor que queira me presentear!

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