Acordou cedo pela manhã, e quase partiu seu relógio
despertador ao meio ao levantar, mas teve ânimo para dar bom dia a si mesmo.
Fez seu asseio e dirigiu-se à mesa; no meio, havia pão caseiro e requeijão “Cremutcho”, um
café feito à lenha e algumas frutas colhidas no quintal.
A caminho dos seus afazeres e da escola, contemplou a
paisagem e chegou a seu destino. Ainda irritava-se com o cheiro de giz no
quadro negro, mas sabia o que o futuro que lhe reservava.
Correu para casa e, enquanto almoçava, escutava seu disco de
Noel na velha vitrola herdada. Tinha pouco tempo antes de passar na biblioteca
para adiantar seu dever de casa. Como nem todos são de ferro, dirigiu-se à sala
e telefonou para uns amigos, convidou para irem consigo, com o pretexto/reforço
de que também iriam a uma locadora, jogar videogame e, no fim da tarde,
tomariam um Baré no saco com biscoitos de padaria. Antes de se despedirem,
pediu ao amigo para que lhe mostrasse as fotos depois que revelasse.
Voltou novamente pra casa. Quis passear de bicicleta, mas
preferiu deixar para o fim de semana, que já estava próximo; depois da missa. Quem sabe alugasse
uns filmes no sábado para poder devolver apenas na segunda e se sentiria um
rebelde por devolvê-los sem rebobinar.
Enquanto não ganhava um Super Nintendo de natal,
contentava-se a esperar terminar A Voz Do Brasil para ouvir rádio na sala. Vez
ou outra, ligava e oferecia uma música para alguém especial, embora soubesse
que havia possibilidade dela não escutar. Por precaução, tinha uma fita
preparada.
Antes de dormir, pôde jantar com sua família, leu mais um
pouco e escreveu umas cartas para os familiares distantes; quando a mão cansou,
só lhe restava datilografar o que faltava. Quando pensou e sentiu-se satisfeito
com as experiências do dia; contou em seu grupo no WhatsApp que pensava em repetir. Na certa, no fim do ano, teria 365
boas histórias para ler.
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