domingo, 17 de novembro de 2013

Querido Diário.

Acordou cedo pela manhã, e quase partiu seu relógio despertador ao meio ao levantar, mas teve ânimo para dar bom dia a si mesmo. Fez seu asseio e dirigiu-se à mesa; no meio, havia pão caseiro e requeijão “Cremutcho”, um café feito à lenha e algumas frutas colhidas no quintal.
A caminho dos seus afazeres e da escola, contemplou a paisagem e chegou a seu destino. Ainda irritava-se com o cheiro de giz no quadro negro, mas sabia o que o futuro que lhe reservava.
Correu para casa e, enquanto almoçava, escutava seu disco de Noel na velha vitrola herdada. Tinha pouco tempo antes de passar na biblioteca para adiantar seu dever de casa. Como nem todos são de ferro, dirigiu-se à sala e telefonou para uns amigos, convidou para irem consigo, com o pretexto/reforço de que também iriam a uma locadora, jogar videogame e, no fim da tarde, tomariam um Baré no saco com biscoitos de padaria. Antes de se despedirem, pediu ao amigo para que lhe mostrasse as fotos depois que revelasse.
Voltou novamente pra casa. Quis passear de bicicleta, mas preferiu deixar para o fim de semana, que já estava próximo; depois da missa. Quem sabe alugasse uns filmes no sábado para poder devolver apenas na segunda e se sentiria um rebelde por devolvê-los sem rebobinar.
Enquanto não ganhava um Super Nintendo de natal, contentava-se a esperar terminar A Voz Do Brasil para ouvir rádio na sala. Vez ou outra, ligava e oferecia uma música para alguém especial, embora soubesse que havia possibilidade dela não escutar. Por precaução, tinha uma fita preparada.
Antes de dormir, pôde jantar com sua família, leu mais um pouco e escreveu umas cartas para os familiares distantes; quando a mão cansou, só lhe restava datilografar o que faltava. Quando pensou e sentiu-se satisfeito com as experiências do dia; contou em seu grupo no WhatsApp que pensava em repetir. Na certa, no fim do ano, teria 365 boas histórias para ler.

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