quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Aprendendo a ter um olhar diferente.

São chamados de heróis, guerreiros, divas, rainhas e musos. Suas vidas são expostas e debatidas, até nas situações mais bobas. Seus atos e palavras são escancarados e podem ser usados a favor ou para expô-los ao ridículo.
Após a final de ‘A Fazenda 5’, ontem, no qual Viviane Araújo sagrou-se campeã, repensei um pouco sobre os participantes do reality. Alguns poderiam se perguntar o que a fez merecedora de R$ 2 milhões, assim como outros vencedores de programas similares. Independentemente disso, é complicado debater o “merecimento”, afinal nem sempre o público pode ter uma visão completa de fatos e comportamentos.
Um lado dona de casa da Maria Odete (Gretchen). Uma perda de Ângela Bismarchi. Uma volta por cima de Viviane Araújo. As polaridades de Nicole Bahls. Uma Penélope que foi além do ‘Ponto Pê’. Um Vavá além do Karametade... São com personalidades polêmicas e fortes que o público se identifica e estes tipos de nomes que são lembrados, em várias situações.
Sem dúvida, a direção do programa acertou em cheio na escolha dos participantes desta edição, que teve um toque especial. Longe de mim defender que este tipo de entretenimento seja altamente saudável, mas percebi que sua importância está naquilo em que o gênero é mais criticado: subcelebridades no elenco. São justamente estas que não possuem contratos milionários, são elas que mais se envolvem em polêmicas e, na maioria das vezes, são alvos preferidos de comentários maldosos e preconceitos. Estar na TV, além de uma oportunidade de diamante, pode significar algo imensurável em suas vidas.
Tem sido fácil a oportunistas criticar ou ironizar defeitos não só de quem se expõe em um programa, mas a qualquer “personalidade da mídia”. É cômodo julgar o que pouco se conhece, principalmente pessoas, como se fossem objetos, coisas sem valor. A muitos, pouco importa até onde um comentário ou uma piada podem ser danosos, destruidores. Vale lembrar que os principais alvos são seres humanos: riem, choram, sofrem, têm família, problemas, fraquezas e até dívidas, têm seus contextos sociais, suas histórias.
Reafirmo que não estou defendendo algo ou alguém e até concordo que há muito de futilidade ao redor de certos nomes, mas tento incentivar a refletir melhor, sensibilizar-se e medir a força de nossas palavras. O que nos contam sobre eles é pouco para sermos sempre tão duros! Há quem mereça muito mais críticas e estes não estão preferindo se expor.

Um comentário:

Anônimo disse...

Penso que essas personalidades de really show muitas vezes podem estar sendo forjadas. A mídia vive de criar imagens, a imagem da criatura maternal, a de pai dos pobres, a de um suposto homofóbico, a de rainha, a de princesa, a de herói, imagens são muitas. Procuro não cultivar apresso sentimental por personalidades (personagens) da mídia, prefiro acreditar nas pessoas de verdade. Se é que essas também existem.