São
chamados de heróis, guerreiros, divas, rainhas e musos. Suas vidas são expostas
e debatidas, até nas situações mais bobas. Seus atos e palavras são
escancarados e podem ser usados a favor ou para expô-los ao ridículo.
Após
a final de ‘A Fazenda 5’, ontem, no qual Viviane Araújo sagrou-se campeã,
repensei um pouco sobre os participantes do reality. Alguns poderiam se
perguntar o que a fez merecedora de R$ 2 milhões, assim como outros vencedores
de programas similares. Independentemente disso, é complicado debater o “merecimento”,
afinal nem sempre o público pode ter uma visão completa de fatos e
comportamentos.
Um
lado dona de casa da Maria Odete (Gretchen). Uma perda de Ângela Bismarchi. Uma
volta por cima de Viviane Araújo. As polaridades de Nicole Bahls. Uma Penélope
que foi além do ‘Ponto Pê’. Um Vavá além do Karametade... São com
personalidades polêmicas e fortes que o público se identifica e estes tipos de
nomes que são lembrados, em várias situações.
Sem
dúvida, a direção do programa acertou em cheio na escolha dos participantes
desta edição, que teve um toque especial. Longe de mim defender que este tipo
de entretenimento seja altamente saudável, mas percebi que sua importância está
naquilo em que o gênero é mais criticado: subcelebridades no elenco. São
justamente estas que não possuem contratos milionários, são elas que mais se
envolvem em polêmicas e, na maioria das vezes, são alvos preferidos de
comentários maldosos e preconceitos. Estar na TV, além de uma oportunidade de
diamante, pode significar algo imensurável em suas vidas.
Tem
sido fácil a oportunistas criticar ou ironizar defeitos não só de quem se expõe
em um programa, mas a qualquer “personalidade da mídia”. É cômodo julgar o que pouco se conhece, principalmente pessoas, como se fossem objetos, coisas sem valor. A muitos, pouco
importa até onde um comentário ou uma piada podem ser danosos, destruidores.
Vale lembrar que os principais alvos são seres humanos: riem, choram, sofrem,
têm família, problemas, fraquezas e até dívidas, têm seus contextos sociais,
suas histórias.
Reafirmo
que não estou defendendo algo ou alguém e até concordo que há muito de
futilidade ao redor de certos nomes, mas tento incentivar a refletir melhor,
sensibilizar-se e medir a força de nossas palavras. O que nos contam sobre eles
é pouco para sermos sempre tão duros! Há quem mereça muito mais críticas e
estes não estão preferindo se expor.
Um comentário:
Penso que essas personalidades de really show muitas vezes podem estar sendo forjadas. A mídia vive de criar imagens, a imagem da criatura maternal, a de pai dos pobres, a de um suposto homofóbico, a de rainha, a de princesa, a de herói, imagens são muitas. Procuro não cultivar apresso sentimental por personalidades (personagens) da mídia, prefiro acreditar nas pessoas de verdade. Se é que essas também existem.
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