sábado, 5 de maio de 2012

O que for preciso...


Quem um dia pôde dizer que o sexo com amor é mais gostoso ou mais intenso? Mal pôde imaginar-se que vai muito além disso.
Aquele que realmente se envolve em algo de tamanha profundidade, tende até a confundi-los e vivenciar estes dons nas mais plenas instâncias. O poder que um sentimento exerce em nós é tão imenso e forte como o maior dos furacões ou a energia que move os planetas.
Eu pude te ver no mais profundo do meu ser e navegar nas ondas do teu resplandecer e cometi a grande gafe de me render a um simples olhar e a um rente sorriso. Ao te tocar, meu corpo tremeu; ao te sentir, minha alma extasiou; ao te possuir, meu corpo sublimou. Uma gama de tantos sentimentos sem o mínimo de noção ou pudor.
Tu vieste e me desarmaste. Ao passo de uma canção, tornaste meu mundo mais vivo, mais extenso, mas sem deixar de cobrir cada lacuna. Um raio vulgar, um longo temor, uma forte fixação, extenso vício; nem mesmo o mensurável se atreveu e previr consequências.
Nos tempos loucos, nos momentos sublimes, nas horas de vida esquecida, em cada gesto, em cada sonho, em cada palavra, em cada lágrima. É nos simples gestos que eternizei as doces e eternas lembranças, que não só permanecerão no meu coração, mas deveras já são parte de mim. Ou, talvez, minha pobre lógica possa se romper e perceba que ainda podem ir mais longe: São o que deveras sou.
Tens o dom de possuir armas que me desconcertam, olhares que me desarmam e calor que necessito. Conseguiste esvaziar meu pranto e o energizaste novamente, mas, de alguma forma, tiveste o poder de manipulá-lo e colocá-lo a teu dispor. E, tardiamente ou não, incendiaste minha alma com a temperatura do teu cheiro, inundaste minha alma com o fervor do teu prazer e infestaste meu coração com algo que não tento definir, não ouso medir, não consigo explicar e só me resta demonstrar (ou, ao menos, tentar).
Descobriste o valor de meus pensamentos, compraste todos os ingressos e cometeste a audácia de tornar-se a única sessão. Às vezes, tudo foge de nossas mãos - e quem disse que vale a pena impedir? - Está escrito, não só no que te digo, mas também no que sinto, o quanto meu olhar busca pelo teu, o quanto minhas mãos te desejam. Ainda que a distância tente se envolver, fecho os olhos e meu interior se agiliza: a cada lembrança, sinto teu calor, sinto tua pele grudada em mim, envolvendo-me e conduzindo-me além das mais distantes estrelas.
Eu joguei muitas palavras no lixo e lancei folhas ao vento, ao passo que buscava as palavras certas a dizer, porém demorei a perceber que o que de fato importa perpassa pelos fonemas do teu nome, pela pureza da tua voz. Confiei na minha sorte. Abri mão de mim mesmo. Joguei com minhas regras. Não percorri o caminho mais fácil. Arrisquei minhas últimas fichas. Agora, só me resta colher frutos? Eles serão realmente saborosos? O veneno é tentador, mas sei que ainda tenho uma estrada adiante.
Quando possas olhar para trás e, por acaso, vejas pouco do meu vulto, saiba que estarei em carne e osso, à frente, para te dar a mão e seguir ao teu lado. Longe ou perto dos velhos clichês, é no infinito que buscarei ainda mais razões para te querer, é na chuva que vou querer te atear fogo, é nos grãos de areia que contarei os sorrisos que tu me estimulas. O que for preciso para que possamos brindar, eu busco; o que for preciso para te provar o que sinto... O que for preciso.
Não cansarei, a cada nascer do sol, de buscar forças para te amparar, energia para te devorar e razões para te fazer sorrir e gozar da plenitude da felicidade. No fim de cada minuto, mesmo sem precisar citar teu nome e ainda que seja a cólera dos meus dias e razão para meu fim, poderei afirmar, sem medo, o quanto te amo.


Um comentário:

Jean Marcel disse...

Olá Antônio!
Obrigado pelo comentário em meu blog!
Vejo que tens aqui um espaço muito diversificado e interessante,Parabéns!
E confirmo o que disseste: é muito bom ver as boas ideias de nossos parceiros na Psicologia.
Já tô te seguindo também.

1 abraço!