quarta-feira, 6 de março de 2013

Queijo do Marajó terá certificação e poderá ser comercializado em outros estados.


A partir deste ano, o processo de produção do “queijo do Marajó” terá que passar por uma série de exigências e recomendações, a fim de que o produto possa chegar com mais qualidade à mesa do paraense e, também, ao mercado consumidor de outros Estados. Nesta quarta-feira, 6, às 18 horas, no auditório do Hangar - Centro de Convenções da Amazônia - a Secretaria Estadual de Agricultura (Sagri) e a Agência de Defesa Agropecuária (Adepará), juntamente com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-Pa), fazem a entrega ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Protocolo de Produção do Queijo do Marajó, que descreve o processo produtivo e estabelece as normas que devem ser seguidas pelos produtores.
Entre elas, estão qualidade da água utilizada, processo de ordenha de animais, condições de higiene dos locais de produção, transporte, armazenamento e até emissão de carteiras de saúde aos que trabalham diretamente no processo. Após o parecer do Mapa e as devidas adequações que venham a ser solicitadas, o queijo do Marajó poderá ser comercializado em todo o território brasileiro.
“É um avanço muito importante que trará benefícios sociais e econômicos e garantirá um alimento seguro ao consumidor. Tenho a convicção de que demos mais um grande passo para fortalecer nossa produção rural e reafirmar o queijo do Marajó como patrimônio cultural do Estado”, afirma o titular da Sagri, Hildegardo Nunes, que faz a entrega, ainda, do registro 001 ao primeiro estabelecimento oficialmente reconhecido como produtor artesanal do queijo do Marajó.
O documento começou a ser elaborado no ano passado numa parceria da Sagri com a Adepará, Sebrae/Pa e consultoria Dzetta, sendo amplamente discutido com outras instituições, como a Delegacia Federal de Agricultura (DFA/Pa), Secretaria de Saúde do Estado (Sespa), Universidades Federais do Pará (UFPA) e Rural da Amazônia (UFRA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Ministério Público Estadual, além de participação expressiva de produtores de queijo do Marajó.
O protocolo busca regularizar a produção do queijo do Marajó e colocar em prática dispositivo da Lei Estadual de Produtos Artesanais (Lei 7.565, de 25/10/2011). O documento foi alvo de estudos, discussões e reuniões, tendo sido finalizado em dezembro passado. Com a regularização e adequação às normas do Protocolo, o produtor de queijo do Marajó receberá um selo de origem para que o produto seja identificado geograficamente e possa ser comercializado em todo o Pará. Com o parecer do Mapa, o queijo do Marajó poderá ser comercializado também além das fronteiras do Estado.
Sagri, Sebrae e Adepará já começaram a fazer a capacitação dos produtores. Os que participaram das discussões desde o início dos estudos tiveram prioridade. Uma decisão importante do grupo de estudos é de que a cidade de Soure, no Marajó, seja o polo das ações junto aos produtores. O órgão responsável por receber as propostas dos produtores e indicar as adequações necessárias para cada negócio é a Adepará.
Os interessados em obter a certificação do seu produto devem dar entrada com um pedido formal junto à Agência. “A Adepará agora terá o papel fundamental de legalização e regularização de todos os estabelecimentos que têm produção artesanal, começando com o queijo do Marajó. Estamos trabalhando e montando agendas de trabalho para que possamos certificar e legalizar os produtores o mais rápido possível”, ressalta Sálvio Freire, diretor operacional do órgão. O Sebrae trabalha na estruturação do projeto de qualificação dos produtores do queijo do Marajó.
Fonte: Agência Pará

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