terça-feira, 30 de outubro de 2012

Belém e Centro Histórico clamam por respostas.

Então, os vereadores de Belém que votaram a favor do projeto do vereador Raimundo Castro (PTB) que altera o gabarito das edificações do Centro Histórico de Belém estão se desculpando publicamente, alegando que estavam equivocados e que seus votos foram deliberados em meio a uma confusão em plenário.
Considerando isso, questiono: Os três deputados que foram contra a implantação do projeto - Marquinho do PT, Otávio Pinheiro (PT) e Carlos Augusto (DEM) - haviam entendido seu real objetivo e estavam conscientes de seus votos (o que eu espero) ou também acabaram votando "errado" (se é que estou sendo claro)? Se toda esta polêmica ainda pode ser revertida, para evitar um verdadeiro atentado à nossa memória histórica, cultural e arquitetônica, até que ponto nossos representantes e, sobretudo, a população está realmente empenhada para que isso aconteça?
Meu grande medo é que, como ocorre na maioria das vezes, mais uma vez, estejamos assistindo “bestializados” (Com a licença de José Murilo de Carvalho) a mais uma tentativa de eclodir um debate de suma importância para nosso futuro.
Ainda assim, agradeço e parabenizo a atitude dos vereadores Augusto Pantoja e Professora Milene por esclarecerem suas posições. Creio que, assim como eu, grande parte dos cidadãos desta cidade, aguardam por atitudes semelhantes.
Os desafios de Belém são grandes e necessitamos de união, sabedoria e cautela, para que nada seja decidido em surdina e à margem das reais necessidades do nosso povo. A Cidade Velha, nossa memória e nossa dignidade merecem!

Em tempo:
A Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Cultural, Habitação e Urbanismo de Belém, do Ministério Público Estadual, defende, junto com o Grupo Técnico, a retirada do projeto da pauta.
Defende-se a realização de novos estudos técnicos que possam dar maior respaldo à implementação do mesmo, para que a cidade ganhe instrumentos que efetivamente requalifiquem o Centro Histórico de Belém.
Para Raimundo de Jesus Coelho Moraes, promotor de justiça, o projeto, da forma como está exposto, em nada beneficia o município quanto à preservação histórica, artística, ambiental e cultural.
A discussão sobre o projeto segue, na Câmara Municipal, nesta terça-feira (31).

2 comentários:

Anônimo disse...

Se você acompanhar a luta que se desenvolve há mais de três meses para barrar esse e outros PLs que alteram o Plano Diretor, na surdina e sem estudos técnicos; vai poder comprovar que o Vereador Marquinho, Carlos Augusto e Otávio Pinheiro tem sido firmes no combate a venda de Belém para especulação imobiliária. É de autoria do Vereador Marquinho, o Requerimento que propõe a formação de uma Comissão Técnica formada por órgãos municipais, arquitetos e urbanistas, academia, entidades civis que militam na área. "A César o que é de César"!

Anônimo disse...

Se você acompanhar a luta que se desenvolve há mais de três meses para barrar esse e outros PLs que alteram o Plano Diretor, na surdina e sem estudos técnicos; vai poder comprovar que o Vereador Marquinho, Carlos Augusto e Otávio Pinheiro tem sido firmes no combate a venda de Belém para especulação imobiliária. É de autoria do Vereador Marquinho, o Requerimento que propõe a formação de uma Comissão Técnica formada por órgãos municipais, arquitetos e urbanistas, academia, entidades civis que militam na área para analisar tecnicamente esses projetos. "A César o que é de César"!