Após tanto tempo confinado neste mundo que nos
cerca, só vejo que ainda tenho muito que crescer e aprender. Eu, que pensei que
estava só, vi que os horizontes da vida são mais numerosos do que pensei. Eu,
que pensei que me afogaria no meu pranto, encontrei na mesma fonte, um novo alimento
para minha sede.
No fim de tudo, ainda não encontrei as palavras
certas e, se é que isto existe, a maneira mais clara de mostrar meus
sentimentos e tornar-me responsável pela construção de uma história única para
nós dois. Em meio ao que me emudece e me pressiona dentro de mim mesmo, vi que
minha perseverança é maior que eu imaginava, que sou mais insistente do que
deveria e, até mesmo, sou extremamente sensível ao meu mais doce vício.
Talvez um excesso de compatibilidade seja um
defeito a mais, porém sou pequeno demais para julgar, a sorte pode não ser
nossa amiga e tudo que precisamos não depende dela. Posso estar longe do
esperado, mas sou mais ousado que qualquer expectativa e sei que tenho audácia
para surpreender. Na doçura de um agudo ou na força de um grave, em meio às
notas musicais, estão os versos que escrevo e as palavras que procuro para te
dizer durante as noites, no reino sublime em meio à guerra – onde impera teu
sorriso.
Posso até menosprezar as obviedades, mas juntos
temos muito a conquistar, muito a celebrar, muito a brindar, podemos ter o
mundo a nossos pés ou nem precisarmos viver nele. Unidos somos maior que as diferenças
e os olhares maldosos; maiores que o orgulho, vítima do próprio veneno; maiores que o sol, que não consegue iluminar todos ao
mesmo tempo; maiores que a lua, que não tem luz própria; maiores que os
planetas que giram, giram, mas não saem do lugar; somos maiores que o universo,
que pode até não ter fim, mas não pode ser totalmente explorado; somos maiores
que nossos sonhos, pois precisam de nós dois para se realizarem; somos maiores
que qualquer coisa, porque só precisamos um do outro.
Parafraseando Capital: “Nas noites mais
solitárias, lembre-se que sempre estarei aqui”.
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