Após amargar uma das maiores crises, em sua nova ‘era’, a TV
Record começa a recuperar os ânimos, pelo menos no que diz respeito à
dramaturgia.
Não só a estreia da minissérie ‘José do Egito’, mas também
algumas danças de cadeiras e fases de replanejamento do setor, elevaram a
audiência de ‘Balacobaco’. Surpreendentemente, desde o final de janeiro, a
trama de Gisele Joras reagiu no ibope e conseguiu atingir bem mais que o
registrado no início do folhetim.
Longe, ainda, de ser um grande sucesso, como outras
produções da emissora, ‘Balacobaco’ foi feita às pressas para cobrir a problemática antecessora ‘Máscaras’. No entanto, a telenovela começou a cativar
um determinado público com elementos dos mais diversos, desde os personagens
populares, o texto bem amarrado e a história leve e pouco complexa, até a
trilha sonora também popular.
Com Juliana Silveira, Victor Pecoraro, Bárbara Borges e Bruno
Ferrari nos principais papéis, ‘Balacobaco’ também não conta com um elenco
conhecidíssimo pelo público. Porém, a grande maioria não deixa a desejar, os
atores convenceram e souberam, ao longo da história, dosar seus cacos e tons.
Ao ultrapassar o capítulo 100, novas reviravoltas surgiram como a
morte de Heloísa (Ângela Leal), o fim da cegueira de Isabel (Juliana Silveira)
quanto ao seu marido Norberto (Bruno Ferrari) e a falsa morte do vilão.
Movimentada, ágil, popular, com um enredo cada vez melhor dosado no humor e papéis bem
delineados, não é de se espantar a reação e o ganho de credibilidade do
público. Vale destacar os minuciosos trabalhos, nas incríveis atuações das
irmãs Paranhos (Bárbara Borges e Roberta Gualda) e da jovem Letícia Medina, no
papel de Taís.
O que, no princípio, parecia uma novela das 7 passando às 10h30
(misturando o popularesco de ‘Avenida Brasil’ e o colorido de ‘Cheias de Charme’)
‘Balacobaco’ tornou-se uma opção diferente no horário, com identidade própria e
um produto forte, a ponto de começar a fazer o barulho que tanto buscou.
‘Balacobaco’ é exibida de segunda à sexta, às 22h15.
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