Com
aquele recurso do facebook que relembra as publicações do mesmo dia, nos
anteriores, encontrei uma importante imagem que resgata os shows do famigerado
Rock in Rio de 1985.
Ao
ler, imediatamente me vieram à cabeça os “cri-críticos” de plantão metidos a
piadistas comentando sobre ter funk, sertanejo, forró ou calypso no festival,
cuja edição deste ano até já iniciou. Ver nomes como Elba Ramalho, Ivan Lins,
Pepeu Gomes, Baby Consuelo (ou do Brasil, para alguns), Ney Matogrosso,
Gilberto Gil e Rod Stewart só reforçam o quanto o engendramento do preconceito
musical gerou um discurso de ódio (ainda que velado) em relação a gêneros
populares, sobretudo das periferias, do norte-nordeste, etc.
Obviamente,
tive um pé atrás antes de envolver-me nesta polêmica e verifiquei a veracidade
da setlist em outras fontes. Fiquei satisfeitíssimo em apenas
confirmá-la.
De
longe, o Rock in Rio jamais teve a proposta de ser um festival destinado a
apenas um gênero, que por sinal, também é dividido em diversos estilos e
vertentes. Antes de tudo, tinha uma proposta de ser um festival de música, onde
todas as tribos se sentissem inclusas - hoje, bem mais evidenciado pelos palcos
diversos ao palco mundo, como o Sunset. Além do mais, o resgate aos
grandes festivais, como o inesquecível movimento Woodstock, Glastonbury e o
resistente Festival Internacional da Canção de Viña del Mar, dá a ele o forte
status como um dos principais eventos de música do mundo.
Parece
frívolo que qualquer edição do evento, já realizado no Brasil, Espanha,
Portugal e Estados Unidos possua tamanha diversidade apesar do nome, no
entanto, a raiz de sua primeira edição naturaliza o encontro de tribos e
evidencia a qualidade, não só dos artistas, mas do encontro de culturas (e até
de contra-culturas), sobretudo no Brasil. Quanto a discutir queda ou não na
qualidade das atrações em relação a 1985, aí são outros quinhentos... Por
enquanto, me ausento.
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