Uma indiana de 17 anos que foi vítima de um estupro coletivo
se suicidou depois que a polícia a pressionou a abandonar o caso e se casar com
um dos agressores. O caso foi confirmado pela própria polícia e por familiares
da jovem nesta quinta-feira. Em meio a mobilizações sobre o estupro coletivo de
outra estudante em um ônibus em Nova Déli no começo desse mês, este caso
colocou novamente em evidência o modo como a polícia lida com crimes sexuais na
Índia.
Um policial foi demitido e outro suspenso pela conduta
depois do ataque, ocorrido durante o festival de Diwali, no dia 13 de novembro,
na região de Patiala no Punjab. A adolescente foi encontrada morta na
quarta-feira à noite, após ingerir veneno. O inspetor-geral Paramjit Singh Gill
disse que ela “ficou andando de um lado para o outro para que seu caso fosse
registrado”, mas os policiais não abriram um inquérito formal. “Um dos
policiais tentou convencê-la a retirar a queixa”, afirmou Gill, chefe policial da
área.
Ninguém foi preso por causa do estupro, apesar de três
pessoas terem sido detidas na quinta-feira. Duas delas eram os supostos
estupradores e uma terceira era uma mulher suspeita de ser cúmplice. A irmã da
vítima contou à rede de televisão indiana NDTV que propuseram à adolescente
aceitar uma quantia em dinheiro para esquecer a denúncia ou se casar com um dos
agressores.
A Pess Trust of India também relatou que um policial foi
suspenso por supostamente se negar a registrar uma queixa de estupro no estado
de Chhattisgar, no norte do país. Números oficiais mostram que 228.650 do
recorde de 256.329 crimes violentos no ano passado na Índia foram contra as
mulheres. O número real, contudo, pode ser muito mais alto, já que muitas
mulheres hesitam em denunciar os ataques à polícia.
Durante um discurso para ministros chefe dos estados da
Índia na quinta-feira, o primeiro-ministro Manmohan Singh prometeu novas leis
contra os ataques às mulheres.
Fonte: Terra
Um comentário:
Que tristeza, a jovem tinha que se casar com um dos estupradores!!!! que lei é essa lá na Índia. Bom mesmo é a promessa do primeiro ministro indiano sobre a adoção de novas leis.
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