Já não bastasse que as escolas do norte tivessem pouca
expressividade na média nacional, agora permanecemos naquele velho problema (quase
uma novela) com relação às escolas públicas.
O resultado definitivo do Enem foi divulgado na última
quinta-feira (22) e revelou um quadro que preocupa as autoridades. Mais uma
vez, as piores notas, entre as escolas paraenses, ficam com escolas públicas,
principalmente no interior do estado. O resultado, claro, já preocupa as
principais autoridades e educadores.
Pouco se tem feito, o imediatismo tomou conta, na busca
incessante por um crescimento no ranking do MEC. Mas, vale também ressaltar que
o ENEM é, em si, um programa imediatista e parcialista, visto que não tem
capacidade total para medir conhecimentos, tampouco a diversidade cultural e
social brasileira.
A faixa etária, a realidade sociocultural, a precariedade
das escolas públicas... Ainda estamos abertos a um leque de opções para “colocar
a culpa”. Porém, nosso maior problema está na escolha das nossas prioridades (e
isso também vale para o Estado).
É estranho ver como o conformismo enraizou=se entre muitos.
Já não crença de que o ensino público possa ser de qualidade, além, é claro, da
falsa ideia de que a escola particular é infalível. Ao invés de problema, tudo virou
piada! É preciso tomar cuidado para que ao invés de principal alicerce do
futuro, a educação não se torne mais ainda o ‘karma’ do Brasil.
Valorizá-la,
priorizá-la, investir e policiá-la. Parece clichê! É tão fácil! Vale a pena! Ou será
perigoso para certos interesses?
Também seria injusto crucificar o ENEM por um sistema que é
falho por si só, desde o infantil aos mais altos PHD’s. Onde se encontra a raiz
do problema grave que existe na relação
aluno-professor-educador-família-sociedade? Tenho muito a falar sobre isto, mas
são cenas para os próximos capítulos!
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