Uma emoção que se renova, em um fim de semana que dura para
sempre. A emoção de ver um povo de milhões de fiéis tomando as ruas,
proclamando sua fé e seu amor por aquela majestosa berlinda mostram nossa força
e nossa raça, não só de católicos, mas de paraenses.
Os sinos da catedral e da basílica parecem modelar as
batidas do nosso coração. As ruas parecem asfaltadas por maniva já escura. O
cheiro não pode ser de outra coisa, senão tucupi. As joias mais valiosas são,
com certeza, de cetim; enquanto os brinquedos mais caros, na certa, são do
miriti.
Mais que uma festa religiosa, um movimento cultural, um
encontro de raças e uma mistura de amores, sabores e aromas. Uma polivalência
única, um encanto inquebrável imensurável, inexplicável! Uma sequência de
romarias, de manifestações, orações e uma progressividade que supera tudo que
se contraponha.
Tudo que imaginamos naquela linda imagem da Nazinha, aquela
que disse “SIM”, aquela que soube ser serva: humilhou-se, portanto, foi
exaltada! Peregrinou e, por isso, agora, caminha conosco. Mãe de Jesus, mãe da
Igreja, mãe de todos nós! Isso não nos orgulha, isso só nos leva para mais
perto de Deus, para um colo que é mais quentinho até que o nosso clima
tropical.
Mas, estamos aí, com nossos pés machucados, com nossos
corpos desgastados. Mas a alma está forte e o coração renovado! A quadra
nazarena está longe de acabar, mas algo em nós diz que essa festa dura a vida
toda.
Valei-me, minha mãe, e até dia
desses. Viva Nossa Senhora de Nazaré!
Nenhum comentário:
Postar um comentário