Com toda expectativa e qualidade esperadas, dignas de uma
das franquias mais bem sucedidas das últimas décadas. ‘X-MEN: Dias de um Futuro
Esquecido’ chega às telonas brasileiras neste dia 22, retomando o glamour dos primeiros longas baseados na
série.
O retorno do diretor Bryan Singer (de ‘X-MEN: O Filme’ e ‘X-MEN
2’) foi crucial para o bom andamento da produção da Marvel. Primeiro pela
coragem de adaptar um clássico episódio dos quadrinhos, já antes adaptado para
TV; segundo, pelo fato deste novo longa ter a missão de integrar-se e
contemplar algumas lacunas deixadas por ‘X-MEN: Primeira Classe’ e,
consequentemente, apagar os desastres de ‘X-MEN 3: O Confronto Final’;
terceiro, por ousar ao mesclar elencos das produções, com maestria, para
justificar diversas tramas, adaptar questões de temporalidade, causar impacto
no público fiel (e bom de memória) e prezar pela qualidade do material.
Outros pontos valem ser ressaltados sempre, mesmo por
desencargo de consciência: grandioso elenco, concepções e efeitos visuais
magníficos e trabalhados com luxo e sem exageros, além da imperatividade do humor
sarcástico e bem colocado, sobretudo através de Wolverine e Mercúrio.
A história remete às aventuras publicadas no início da
década de 80, em ‘X-Men-Uncanny’, lançadas no Brasil como ‘Exterminadores do
Futuro: Superaventuras Marvel’. Na nova adaptação, ambientado no futuro, em 2023
(embora os quadrinhos apontarem para 2013), e no passado, 1973, revela-se um
futuro sombrio e apocalíptico. Projetadas pelo Dr. Bolivar Trask (Peter
Dinklage, da série ‘Game of Thrones’), sentinelas robóticas são desenvolvidas
para exterminar os mutantes, dominar a Terra e, por fim, destruir os humanos,
já que sua genética propiciaria o surgimento de novos mutantes.
Mesmo sem esperanças, os já conhecidos Professor Charles
Xavier (Patrick Stewart), Magneto (Ian McKellen), Wolverine (Hugh Jackman),
Tempestade (Halle Berry), Lince Negra (Ellen Page), Homem de Gelo (Shawn
Ashmore) e Colossus (Daniel Cudmore), ao lado de novos personagens, como Bishop
(Omar Sy) e Blink (Bingbing Fan) resistem à ameaça.
O plano do grupo é utilizar um dos poderes de Lince Negra,
uma espécie de viagem no tempo mental, enviando a consciência atual de
Wolverine para o corpo do personagem na década de 70. Nos quadrinhos, a jovem
mutante é quem faz a viagem, mas compreende-se o apelo do personagem de Hugh
Jackman junto ao público: símbolo sexual (ouvi um papo de que até “paga
bundinha”, desta vez), presente em todos os filmes da série e ganhador de dois spin-offs próprios. Na adaptação para
TV, Bishop (chamado de Bispo) é o encarregado da missão.
No futuro, os mutantes sobreviventes defendem o corpo de
Logan, inerte, das sentinelas do futuro, enquanto a consciência do herói
desperta em seu corpo do passado. Sua missão é reunir Charles Xavier (James
McAvoy) e Magneto (Michael Fassbender) para impedir que Mística (Jennifer
Lawrence) cometa um assassinato contra o Dr. Trask (nos quadrinhos e na
animação era um senador) e, depois de presa, que seu DNA seja base para
desenvolver as habilidades invencíveis das sentinelas.
O grande conflito entre Magneto e Xavier, gerado e exibido
em ‘X-MEN: Primeira Classe’, torna-se um dos principais temperos da trama.
Recluso em sua mansão e sem poderes, devido a um soro desenvolvido por Fera (Nicholas
Hoult), o professor amarga suas decepções com o rival, que vive preso em uma
cela, desenvolvida pela CIA. Entre os pontos do humor, destaca-se o
envolvimento de Magneto no assassinato do presidente Kennedy, em 1963.
Quando Wolverine finalmente consegue que Xavier deixe de
lado os ressentimentos, os heróis planejam libertar Magneto com auxílio de
Mercúrio (Evan Peters), um dos alívios cômicos da trama. No entanto,
aparentemente, não é esclarecido se o veloz mutante é filho de Magneto.
A fotografia fascinante, carga dramática e ação, pautada
evidentemente nos efeitos especiais, deixam algumas dúvidas, sobretudo no que
diz respeito ao final de ‘X-MEN 3: O Confronto Final’, onde Xavier é destruído
pela Fênix (Famke Janssen) e a famigerada cena após os créditos, tradicional em
filmes da Marvel, onde o mesmo aparece no corpo de um paciente em coma, o que
não justifica sua existência num futuro, mas remete à possibilidade de novas
produções para a trilogia, nas quais, até mesmo personagens mortos retornem.
Ficção é pra isso mesmo!
Outro furo pouco notado é a capacidade do jovem Xavier de
fazer a ponte mental com sua personalidade no futuro por meio da consciência de
Wolverine. Sendo assim, o que impedia o professor no futuro de facilitar a vida
de Logan e convencer seu eu do passado, logo no início do filme?
Abaixo estão algumas imagens da história original em
quadrinhos.
Capa dos quadrinhos dos anos 80. |
Na sequência da capa, Wolverine e Tempestade são assassinados. |
No início da história, Lince Negra é vista nas ruas de Nova Iorque. |
Mística e a irmandade invadem o senado. |
X-MEN encaram Mística e seus aliados. |
E a luta se desenvolve. |
Na adaptação clássica para TV, o mutante Bispo é o
responsável pela missão. Outra importante diferença é que Mística se faz passar
por Gambit para cometer o assassinato. Desde então, ele se torna considerado o
traidor dos X-MEN.
‘X-MEN: Dias de um Futuro Esquecido’ estreia
nesta quinta-feira. Assista ao trailer legendado em português.
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