Hoje, ainda que em meio a prantos,
melancolias e nostalgias, houve um toque consideravelmente especial. Além de
celebrar o Dia Nacional do Samba, na última sexta-feira (30), recordamos os
trinta e dois anos de falecimento do grande mestre Angenor de Oliveira, o
Cartola.
O Dia Nacional do Samba surgiu por
iniciativa de um vereador baiano, Luis Monteiro da Costa, para homenagear Ary
Barroso. Apesar de já ter composto seu sucesso ‘Na Baixa do Sapateiro’, o
sambista nunca esteve Bahia. Esta foi a data, 2 de dezembro, que ele visitou
Salvador pela primeira vez. Com o tempo, a comemoração tornou-se nacional,
principalmente no Rio de Janeiro e na Bahia.
Apesar de presente no país inteiro,
embasado em diversos ritmos e danças populares regionais que se originaram do
batuque, o samba como gênero musical é entendido como uma expressão musical
urbana carioca, onde nasceu e se desenvolveu entre o final do século XIX e as
primeiras décadas do século XX, praticada pelos escravos libertos. Aos poucos, entrou
em contato e adaptou-se a outros gêneros musicais tocados na cidade (como a
polca, o maxixe, o lundu, o xote, entre outros), adquirindo um caráter
totalmente singular. Desde então, ainda que existissem diversas formas
regionais de samba em outras partes do país, samba carioca urbano transcendeu o
local para ser alçado à condição de símbolo da identidade nacional brasileira,
durante a década de 30.
No ‘Vídeo da Semana’ de hoje, deixo minha
homenagem ao maior sambista da história da música brasileira, interpretando o
grande sucesso ‘Disfarça e Chora’, ao lado de Leci Brandão, e, também, a este
ritmo que se tornou um dos maiores símbolos da cultura brasileira mundialmente.
O vídeo pertence ao Programa ‘Ensaio MPB’ da TV Cultura de São Paulo.
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