Com 56,61% de votos, correspondente a 438.435 votos, Zenaldo
Coutinho (PSDB) foi eleito, no segundo turno, o novo prefeito de Belém.
Edmilson Rodrigues (PSOL), recebeu 43,39%, equivalente a 336.059 votos. Além
desses, 12.595 (1,56%) foram brancos, 20.652 (2,56%) foram nulos, 202.015
(20,01%) abstenções. No total de 807.741 votos apurados, 774.494 foram
considerados válidos.
O resultado foi confirmado pelo TSE às 19h do horário local.
Com estes números, chega ao fim mais um polêmico pleito eleitoral na capital
paraense. Se temos ou não a comemorar, só o tempo pode responder.
A população da capital paraense presenciou uma das mais
concorridas eleições dos últimos anos, lamentavelmente marcada por muita
putaria ataques, baixaria e estranhas alianças que geraram, até mesmo,
divisões dentro de um mesmo partido.
As propostas de ambos – e até dos que ficaram até o primeiro
turno – até aparentavam ser interessantes, porém, era notório o despreparo de
alguns candidatos, desde discursos pré-montados até alguns ataques de populismo
em propostas que pareciam verdadeiros contos de fadas.
Sobrou espaço para ofensas pessoais, análise de governos
passados, discursos de apoio dos governos federal e estadual e campanhas
ridículas nas redes sociais, evidentemente com proveniência de corações
fanáticos. Mas, para variar, faltou o essencial: Sensibilidade. A grande massa
dos que se candidatam a cargos públicos ainda não percebeu que, além das
propostas, os eleitores querem preocupação real com suas verdadeiras
necessidades; buscam um representante com o qual sintam confiança e força para
encarar desafios, sem o uso de demagogia e populismo.
Curiosamente, como havia conversado com um amigo (Bruno
Lima), recentemente, Edmilson era maior que o PSOL e Zenaldo era menor que o
PSDB. Havia diferença entre “votar no Edmilson” e “votar no candidato tucano”,
e vice-versa. No fim de tudo, os apoios e alianças feitos agora e no passado,
tanto ajudaram quanto prejudicaram os dois candidatos. Só resta pergunta: Até
onde a verdade foi ilusão?
Infelizmente, grande parte do eleitorado ainda tem uma visão
parcial de como analisar criticamente propostas, planos de governo e história
política. Por falar nisto (história política), ambos têm um galinheiro bem
sujo... Mas, nem vale a pena citar. Melhor deixar isso para eles mesmos! Já
temos intrigas demais, peso demais... Temos algo mais importante a necessitar,
principalmente após anos de tanta conformidade, obras idiotas e elefantes
brancos eleitoreiras sem o mínimo de sensibilidade e visão a longo prazo,
uma série de insanidades que destruíram parte do carinho pela cidade e da
importância dada à política. Só queremos paz, esperança e um futuro mais digno,
merecemos isso, antes que nos seja tirado também! Só queremos que tudo seja o que está além do nosso olhar.
Com tanto a cobrar, com tanto a viver e com tanto a
construir coletivamente, só tenho a desejar sorte e bom trabalho ao novo
prefeito. Daqui a quatro anos, quem sabe, possa me lembrar do que escrevi e possa
rir, ciente de algo avançou, de que quem está morto finalmente despertou. Até
lá, prefeito Zenaldo Coutinho! Estamos de olho...
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